segunda-feira, 20 de agosto de 2007

De seguida apresentamos a sinfonia do mosquito

Pois é, de lírica passou inesperadamente a música.
Obrigada a Charles Podkanski, amigo polaco, lusófono-autodidacta, com óptimas relações com os mosquitos dos lagos do nordeste da Polónia.
Para ouvir a sinfonia, é aqui.


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Lírica do mosquito trompeteiro

São seis da madrugada


E eu já acordada,


De meu sono tranquilo arrancada,


Por um mosquito cruel azucrinada.


De luz acesa procuro em vão


Do meu sonho inocente encontrar o ladrão.


Oh mosquito!, se soubesses o quanto te detesto


Contra teu voo sonoro protesto,


De teus beijos de vampiro fica-me a sensação


De comichão e vermelhidão.


De mata-moscas à cabeceira,


Olhos e ouvidos de matreira,


Espero por ti, carniceira:


Anda lá, acabemos com a brincadeira.


Mas tu, por onde passas?


Não te dignas a dar um ar de tuas graças?


Por favor a meus olhos dá às asas,


Que de ansiedade assim me matas.