Hoje a Alfacinha viu neurónios. De lágrima ao canto do olho.
Primeiro, pintaram com uma proteína verde os neurónios que queriam identificar. Depois, pintaram as sinapses com uma proteína vermelha. O resultado foi uma imagem colorida, onde se desenhava uma impressionante rede.
Ali estavam eles, verdadeiros, vivos, neurónios mesmo, neurónios a sério. Árvores infinitas de ramificações serpenteantes.
Depois, encostou-se uma pipeta a um neurónio, e com um beijinho abriu-se um buraquinho. Injectou-se então uma pequena estimulação e, em troca, o neurónio enviou um potencial de acção.
Ali estava ele, o potencial de acção, uma pequenina explosão eléctrica, um soluço, aquela correntezinha responsável da actividade do nosso cérebro.
Maravilhados, S e a Alfacinha olhavam para o ecrã do computador onde se revelava a natureza, com a sua misteriosa organização. Comovente.
Primeiro, pintaram com uma proteína verde os neurónios que queriam identificar. Depois, pintaram as sinapses com uma proteína vermelha. O resultado foi uma imagem colorida, onde se desenhava uma impressionante rede.
Ali estavam eles, verdadeiros, vivos, neurónios mesmo, neurónios a sério. Árvores infinitas de ramificações serpenteantes.
Depois, encostou-se uma pipeta a um neurónio, e com um beijinho abriu-se um buraquinho. Injectou-se então uma pequena estimulação e, em troca, o neurónio enviou um potencial de acção.
Ali estava ele, o potencial de acção, uma pequenina explosão eléctrica, um soluço, aquela correntezinha responsável da actividade do nosso cérebro.
Maravilhados, S e a Alfacinha olhavam para o ecrã do computador onde se revelava a natureza, com a sua misteriosa organização. Comovente.
Enquanto não vêm estas imagens, aqui ficam outras, do chamado Brainbow. Recentemente, um investigador conseguiu arranjar maneira de colorir cada neurónio: cada um tem o seu tom, o que permite diferenciá-los.
Arte?
(clicar nas imagens para ir ao site de origem)
Então, quantos comovidos?
E agora especialmente para o mano: dissecções do cérebro florescente dos ratinhos (não encontrei fotos exteriores dos ratos...). À direita só aparecem os neurónios que funcionam com glicínia (cerebelo e medula espinal), à esquerda todos os que funcionam com GABA (todo o sistema nervoso).
Nota: glicínia e GABA são neurotransmissores, ou seja moléculas que estabelecem a comunicação entre dois neurónios ao nível da sinapse.
4 comentários:
Bom, chegaste depressa às grandes encruzilhadas. Cito: "potencial de acção (...) aquela correntezinha responsável da actividade do nosso cérebro". Não me parece. Tal como a corrente eléctrica que está nos circuitos do teu computador não é a responsável pela actividade do teu computador: a responsável és tu, que lhe transmites aquilo que o faz "fazer qualquer coisa". E, também, os que construíram esse mecanismo: no caso do cérebro, a história evolutiva. O mecanismo faz parte da actividade, mas não é o responsável pela actividade.
Eu sei o que queres dizer: a dinâmica do cérebro depende largamente da actividade eléctrica e o potencial de acção é a "face viva" dessa actividade eléctrica. Mas quando entramos no cérebro entramos nas largas avenidas da interrogação filosófica, também - e os filósofos são uns chatos. Mas sigo com entusiasmo este parto ao vivo de uma cientista!
Bem a discussão começa a aquecer. E os desafios do pensamento filosófico à ciência, ou será tudo uma questão de perspectiva?
Mab
Arte pura!
UAU !!
JB
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