segunda-feira, 22 de junho de 2009

Feira do Alecrim, as imagens sem os cheiros

9h30 da manhã e saiam lampeiras as duas, Neide e a Alfacinha, a caminho da feira do Alecrim.
Chegadas à secção alimentar, uma confusão dos diabos, gente por todo o lado, cotoveladas, chega pra lá que agora passo eu, tás muito enganado eu estava aqui primeiro... Rapazes com carrinhos de mão levando encomendinhas metiam-se na confusão, aos zig-zags entre as pessoas, "Carrinho, olhó carrinho!".

Começa-se com as carnes. Uma paisagem avermelhada, lâminas afiadas a esvoaçar, e um cheiro... um cheirinho... Há de tudo, de todas as carnes, de todas as partes.

Aqui são os frangos:
As carnes vermelhas (conseguem sentir a fragrância?):

A carne de bode:


Passa-se então para as frutas, um alívio olfactivo, um prazer de cor.

Os vendedores apregoam preços e qualidades. Há de tudo, de todas as frutas, das mais exóticas às mais banais, de todos os legumes também.
Batata doce, macaíba, coco e jerimu:
Maracujá, maxixe e milho verde:
Verduras: Feijões:Tudo isto, entre gritos, risadas e forró. Vêem ali o DJ?
E já agora, a fruta laranja é cajá, dá sucos e sorvetes divinos.


Em seguida vêm os peixes. De novo o cheiro, de novo as lâminas, de novo os pregões. E a páginas tantas, até uma discussão entre clientes, uma verdadeira e literal peixeirada!


Caranguejos (vivos e esperneantes ou, melhor dizendo, espateantes):
E ali, bem num cantinho, o café daqui da feira, com comida típica, nomeadamente picado (todas as entranhas e partes viscerais misturadas). A Alfacinha "não teve ocasião de provar". Ficou-se pelos deliciosos e quentinhos pastéis de carne, fritos na hora.

Saindo da zona alimentar, chega-se à zona da bugiganga. Sapatos de plástico, roupa de lycra, bijuteria ornamentada de potentes brilhantes e pedras. Foi difícil à Alfacinha sair comprando apenas uns ganchinhos pretos, sem nada. Mas leve esses com coraçõezinhos, oh que lindos. E esses com estrelinhas, são um amor? Pelo menos esses coloridos, oh que bonitchinhos?
Por ali se passeiam decotes pronunciados, estampados incríveis, feitios que nem se sabe como assentam, de braço dado com machos encervejados, de calções e havaianas, sploc sploc a chinelar. Ali há lojas de roupa de praia, de roupa evangélica e confecções em geral. Lojas de roupa malandra, lojas de roupa interior, lojas de roupa indiana. Há de tudo.
Neide e Alfacinha entraram nalgumas, nas de confecções em geral.
" Oh Mariana! Que você acha dessa blusinha aqui?
- Chique de doer!
- Também acho. Vou levar."
E assim fizeram suas comprinhas, Neide e Alfacinha.

10 comentários:

Porfirio Silva disse...

E que tal cursar uma variante qualquer de Antropologia numa próxima vida, hein, Alfacinha?

Anónimo disse...

Queremos fotos de bujiganga!!
Mab

Anónimo disse...

Para variar, gostaria de ver um texto, por pequeno que fosse, sobre o trabalho no laboratório.
Zé Manel

Anónimo disse...

Queremos é fotos da Alfacinha!

Anónimo disse...

Queremos é fotos da Alfacinha!

Anónimo disse...

Proponho-me trocar fotografias de mercados contigo. Os mercados são o retrato da vida dos povos. Sempre que posso incluo visita(s) a mercado(s) numa viagem. Adorei o mercado das especiarias em Istambul ou o mercado do peixe em Tóquio ou mercados imensos na India ou na China. Bem diferentes do mercado que visitei a semana passada em Estocolmo. Este ultimo, limpissimo, perfeito, como umas bancas em madeira cor-de-rosa todas iguais... bem diferente dos anteriores. Estávamos na Suécia. Monocromático por contraste com a cor (imensidade de cores!) dos outros que referi.
Tb se podem comentar os comentários? Poderias talvez passar a publicar os teus relatórios no blog... ou então fazer resumos para leigos.
MM

Porfirio Silva disse...

Pôxa, com tanta encomenda até percebo porque é que a Alfacinha raramente vem à janela!

Anónimo disse...

Aposto que não viste o ABSORTO.
Mab

F. disse...

NHÂMI NHÂMI NHÂMI. O mercado perfeito.

Anónimo disse...

Tb quero ver bujiganga