Com um beijinho para o meu primo-Frederico-o-tripeiro, maior apreciador de mel que conheço.
Numa das suas tardes solitárias de sábado, em que se sente um verdadeiro vegetal, a Alfacinha decide tomar um chá das cinco.
Água a ferver, chávena, bule, pires (sim porque, apesar de não saber pôr pires no plural, a Alfacinha tem pires(es?) em casa) e a saqueta de chá: framboesa com maracujá. Maravilha. Néctar dos deuses. E mal o vapor do chá começa a subir, a Alfacinha evapora-se com ele até aos céus.
Mas chá das cinco não é chá das cinco sem um acompanhamentozinho. Eis que a Alfacinha tem A ideia: tostas com mel. Mal sabia ela que estava prestes a começar uma luta árdua com o seu 'Miel d'oranger d'Espagne'.
Mergulha a colher no frasco, levanta a colher... fugiu. A Alfacinha não desiste. Mergulha a colher, levanta a colher e toca a rodá-la. Uma, duas, três vezes, mas o mel... nem vê-lo. Terceira tentativa. Anda cá meu malandro, desta não me escapas tu. Mudança de táctica: desta vez, a Alfacinha levá-lo-á imediatamente para cima da tosta e dar-se-á ao luxo de o ver deitar-se às curvinhas, devagarinho, por cima. Mas o mel, esse grande rebelde, foi mais rápido e chorou por cima da mesa. Naquele milímetro quadrado que separava o frasco da tosta. Foi precisamente aí. Contra todas as probabilidades. Quê, alguma vez o mel respeita probabilidades? Não, o mel é tão rebelde, tão rebelde que até da tosta consegue escorregar: pelos lados, por cima dos dedos da Alfacinha e por aqueles buraquinhos imperceptíveis da dita tosta. A Alfacinha besunta-se toda, os seus dedos ficam peganhentos, nhanhosos. Mas sabe-lhe tão bem!
Agora, com licença, que o chá está a arrefecer.
Água a ferver, chávena, bule, pires (sim porque, apesar de não saber pôr pires no plural, a Alfacinha tem pires(es?) em casa) e a saqueta de chá: framboesa com maracujá. Maravilha. Néctar dos deuses. E mal o vapor do chá começa a subir, a Alfacinha evapora-se com ele até aos céus.
Mas chá das cinco não é chá das cinco sem um acompanhamentozinho. Eis que a Alfacinha tem A ideia: tostas com mel. Mal sabia ela que estava prestes a começar uma luta árdua com o seu 'Miel d'oranger d'Espagne'.
Mergulha a colher no frasco, levanta a colher... fugiu. A Alfacinha não desiste. Mergulha a colher, levanta a colher e toca a rodá-la. Uma, duas, três vezes, mas o mel... nem vê-lo. Terceira tentativa. Anda cá meu malandro, desta não me escapas tu. Mudança de táctica: desta vez, a Alfacinha levá-lo-á imediatamente para cima da tosta e dar-se-á ao luxo de o ver deitar-se às curvinhas, devagarinho, por cima. Mas o mel, esse grande rebelde, foi mais rápido e chorou por cima da mesa. Naquele milímetro quadrado que separava o frasco da tosta. Foi precisamente aí. Contra todas as probabilidades. Quê, alguma vez o mel respeita probabilidades? Não, o mel é tão rebelde, tão rebelde que até da tosta consegue escorregar: pelos lados, por cima dos dedos da Alfacinha e por aqueles buraquinhos imperceptíveis da dita tosta. A Alfacinha besunta-se toda, os seus dedos ficam peganhentos, nhanhosos. Mas sabe-lhe tão bem!
Agora, com licença, que o chá está a arrefecer.
5 comentários:
Mariana acredita que quando eu estava a abrir o seu blogue passa o Afonso e goza dizendo " hà algum mel da Leonor?" Ele acha que eu não sei dizer bem e-mail. E a sua noticia de hoje era mesmo sobre o mel!
Também quiz escrever sobre o sapateado mas não consegui entrar. Agora fiz novo registo e é só facilidades, de maneira que aqui vai outro.
"Quand une porte de bonheur se ferme
Une autre s'ouvre, mais nous, nous continuons
à regarder la porte fermée et nous n'accordons
pas d'importance à cele que nous venons d'ouvrir"
...e os direitos de autor?
Margarida Marques
Para castigo, o mel deveria ir para o frigo (sim, aquele de que já falámos).
A admiradora, Paula Marques
À seu mel maroto !
tens que o educar melhor Mariana. assim as coisas nao podem continuar !
cá vai um beijinho da joana, irmã do primo-Frederico-o-tripeiro
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