domingo, 8 de julho de 2007

Não, o blog não foi esquecido

Pois é, alguns dias de silêncio durante os quais a Alfacinha andou por aí a passear. Começou com a magnífica viagem a Porquerolles, hão de me explicar como vêem «porco» aqui dentro, e depois, para não perder o ritmo, continuou os passeios por Paris, que também é um sítio bonitinho.

Em Porquerolles, «porque» ainda consigo vislumbrar, agora porco, sinceramente…, reencontrou o calor, o sol, o protector solar, a toalha de praia, os chinelitos e o mar, água parada, quente, transparente, cristalina, paradisíaca, em tons de verde e azul, sem piada nenhuma, a bem dizer, sem aquela emoção das enormes vagas, ups!, ondas geladas que cortam a respiração quando tentamos entrar no mar, pé ante pé.

Em Porquerolles, mas «porque-rolles»… e o que fazes do «rolles»?, extasiou-se perante a flora Mediterrânica. Ou muito me engano, ou isto é erva, herbus vulgus, não? A cada dez passinhos, a professora parava, colhia um raminho e…
Regardez! Quelle magnifique carotte sauvage, daucus carota!
Sim, porque depois do sorriso, a professora juntava sempre o nome da erva em latim, para ser mais exacta. Foi assim que a Alfacinha foi aprendendo nomes como salsepareille, barbe de Júpiter, griffes de sorcière, posidonie, lentisque, arbousier, cinéraire, criste, euphorbe, etc, etc. Se a viagem fosse mais comprida, ainda me punha a pastar…

Em Porquerolles, não, francamente, não vejo «porco» aqui dentro, lamento imenso, também se extasiou com pedrinhas, com o encantador e resplandecente mica-schiste. Extasiou-se enfim com a fantástica ilha, que é na verdade um synclinal-qui-a-basculé-vers-le-nord, eh oui, j’m’la pète!

Até parece que gosto de geologia e de botânica…


E chega então a Paris a Alfacinha, bronzeada, com sal no cabelo e areia nos bolsos: chuva, frio. Não, socorro, tirem-me daqui, antes as plantinhas e os calhaus! E no dia a seguir à sua chegada, apanha logo com a Gay Pride no Boulevard Saint Michel, corte profundo com a natureza profunda da qual saía. E desde aí, lá se foi habituando de novo a Paris: cinemas, passeios, danças bretãs, etc. Não custa muito, confesso…

Agora prepara as malas para Lisboa.
Vou ter saudades do cão que ladra quando abro as portadas, do meu feijão com um metro de altura, do meu frigorificozinho, do elevador falante «Cinquième étage!», dos croissants e companhia... mas paciência, tenho encontro marcado com o sol.

Porquerolles

Oh maninho, e dizes tu que aquela era a única fotografia de jeito... Dor de cotovelo, digo eu!

Sem comentários: