Às vezes a natureza engana.
Veja-se o caso da banana:
Fruto de fálica feição,
Mas de tão casta constituição.
Vinda da herbácea bananeira,
A banana é filha de mãe solteira:
Seus negros salpicos
São óvulos solitários e pudicos
Que de tanto esperar
A chegada de um par
Se cansaram de acreditar.
Decidiram então de negro se trajar
Para sua morte festejar.
Ficarão para sempre óvulos por fecundar.
De uma gravidez imaginária,
Surgirá então esta fruta lendária.
Da família das Partenocárpicas fazendo parte,
Em seu grego nome reside toda a sua arte:
De Partenos como virgem,
De Carpe como fruta.
E assim se vê bem,
Veja-se o caso da banana:
Fruto de fálica feição,
Mas de tão casta constituição.
Vinda da herbácea bananeira,
A banana é filha de mãe solteira:
Seus negros salpicos
São óvulos solitários e pudicos
Que de tanto esperar
A chegada de um par
Se cansaram de acreditar.
Decidiram então de negro se trajar
Para sua morte festejar.
Ficarão para sempre óvulos por fecundar.
De uma gravidez imaginária,
Surgirá então esta fruta lendária.
Da família das Partenocárpicas fazendo parte,
Em seu grego nome reside toda a sua arte:
De Partenos como virgem,
De Carpe como fruta.
E assim se vê bem,
A incomparável batuta
Que a natureza tem.

(Donde se tira que a canção: El único fruto del amor es la banana, es la banana, está errada: pobre fruto tão imaculado, tão distante de tais tormentas terrenas!)