De há uns tempos para cá, um senhor instalou-se à saída do metro, na rua da Alfacinha, a vender castanhas assadas. Pois é, em Paris também as há, quentes e boas, estaladiças e bem cheirosas. Bom, está na hora, é hoje.
- Un sachet de châtaignes, s’il vous plaît.
Que delícia. Aí vai a Alfacinha, sou Alfacinha, não sou?, feliz da vida, com o cone de papel de jornal a queimar as suas mãos. Há quanto tempo não sentia aquele saborzinho! Há quanto tempo não passeava pela rua, descascando castanhas com todo o carinho e cuidado, concentradíssima, nada mais ocupa o seu pensamento, inspirando o fumo que se escapa de entre as rugas da castanha, sempre com um olho no dito cone, não vá uma das outras dar às de Vila Diogo. Pelo caminho, vai deixando um rasto de cascas redondinhas e ainda quentes.
Só faltava o Verão de São Martinho.
5 comentários:
castanhas quentinhas tao bem assadinhas!
castanhas quentinhas ai que maravilha!
castanhas quentinhas mas que boa vida!
AI CASTANHAS CASTANHAS ! AS TAO AMADAS CASTANHAS!!
beijinho,
Joana Babo
Tão bom ter o pacote quentinho a aconchegarnos as mãos!
Eles chamam-lhes "chataignes"? Sp os ouvi tratá-las por "marrons" (embora "marrons" seja aquele redondo fruto proibido que só dá mm é para a gente brincar com ele).
Desejo-lhe muitos passeios fumegantes!
Pois é marrons, chataignes...
Acho que se pode dizer as duas.
Mas eu prefiro chataigne, tem um toque mais familiar!
Claro, Alfacinha, casacas para o chão! A portuga. O que é aquela história do "pacote quentinho"?
JP
Ai a minha vida! Não é "casacas" é "cascas", embora as ditas tenham uma casaca...
JP
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