- Você vai fazer handling com quatro ratos pra mim, tá? É só para eles se habituarem a nós, às nossas mãos, para os podermos tocar sem terem medo. São quatro, você coloca eles no seu colo e os deixa explorando, livremente. 15 minutos pra cada um. Pode ser?
- Sim, chefe!
Antes de pegar no rato, a primeira fase é lavar bem as mãos e esfregá-las com um bocadinho de comida de rato. Ah isto é sem luvas? E se ele se engana, se fico sem dedo?
Em frente ao seu primeiro rato, vestida a rigor, de batinha branca, a Alfacinha respira fundo e tira a tampa da caixa. Reteve logo a respiração, num soluço, mas que rato tão cheiroso… Pousou a caixa nos seus joelhos e arriscou um dedinho no dorso do bicho. Petrificou-se o animal. De repente, armou-se em toupeira e mergulhou para baixo da palha. Percorria a caixa de um lado para o outro, escondido. A Alfacinha olhou com ar aflito para o seu orientador. E agora? Devagarinho, foi afastando a palhinha de cima do bicho, descobrindo-o. Olá ratinho, olha, devemos estar tão aflitos um quanto o outro, que tal um acordo? Eu não te faço mal, tu não me fazes mal e acabamos com isto depressa. Que achas? A única resposta do roedor foi uma recaída no comportamento toupeira. Ah ele é isso? A Alfacinha inclinou a caixa devagarinho para os seus joelhos. Que tal saíres daí pelas tuas próprias patas? Assim evitavas que eu tivesse de pegar em ti pela cauda. Que achas? Nada. Ah ele é isso? Respirou fundo a Alfacinha, levantou o bicho pela cauda, Vês, agora estás praí a estrebuchar no ar…, e pousou-o nos seus joelhos.
Ele levantou a cabeça e pôs-se a cheirar tudo à sua volta. Que calorzinho é este, na minha perna? E que cheiro é este? Quando o bicho começou a andar, ficou no lugar uma pequenina poça amarelada e umas coisinhas castanhas em forma de caroço de azeitona. Estás à vontade, não faças cerimónia…! E de facto, lá andava ele, à vontade.
Passeou-se pelos joelhos da Alfacinha que limitava a área passeável com os braços. Afocinhou as mãos da Alfacinha para tentar ultrapassá-las. Nem penses que vou andar de gatas atrás de ti no laboratório. Apoiou-se nas mãos da Alfacinha com as suas patinhas frias, como se estivesse à janela.
E a exploração continuou, desta vez aventurando-se mais para cima. Onde pensas que vais, a trepar dessa maneira por mim? Vens-me cumprimentar, dar um beijinho? Acho que não será preciso… O ratinho ia-se aproximando, enquanto a Alfacinha esticava o pescoço. Já quase atingindo o queixo da Alfacinha, o rato parou, levantou a cabeça cheirando tudo à sua volta, com os bigodes a dar a dar. Olha que até és querido, tens um ar porreirinho. Você é um gatinho viu? Mas podes descer agora, sim?
Aí foi ele por ali fora. E ou porque estava cheiinho de medo ou porque gostou muita da Alfacinha, enfiou-se pela manga da bata num abrir e fechar de olhos. No meio de um grande ataque de riso, a Alfacinha teve de caçar a cauda do bicho que já ia pelo antebraço fora. Com o alarido, o orientador acordou da sesta e só viu a Alfacinha a rir compulsivamente agarrada ao braço, onde um altinho aos tremeliques se adivinhava. E em vez de uma pessoa só a rir, foram duas. Só que enquanto uma se divertia sentada a olhar para a cena, a outra puxava o invasor até cá fora, a custo, pois ele agarrava-se de todas as forças. Isto começa bem!
Nada arreliado com a situação, o bicho continuou a sua exploração pela Alfacinha, ainda a rir.
Antes de pegar no rato, a primeira fase é lavar bem as mãos e esfregá-las com um bocadinho de comida de rato. Ah isto é sem luvas? E se ele se engana, se fico sem dedo?
Em frente ao seu primeiro rato, vestida a rigor, de batinha branca, a Alfacinha respira fundo e tira a tampa da caixa. Reteve logo a respiração, num soluço, mas que rato tão cheiroso… Pousou a caixa nos seus joelhos e arriscou um dedinho no dorso do bicho. Petrificou-se o animal. De repente, armou-se em toupeira e mergulhou para baixo da palha. Percorria a caixa de um lado para o outro, escondido. A Alfacinha olhou com ar aflito para o seu orientador. E agora? Devagarinho, foi afastando a palhinha de cima do bicho, descobrindo-o. Olá ratinho, olha, devemos estar tão aflitos um quanto o outro, que tal um acordo? Eu não te faço mal, tu não me fazes mal e acabamos com isto depressa. Que achas? A única resposta do roedor foi uma recaída no comportamento toupeira. Ah ele é isso? A Alfacinha inclinou a caixa devagarinho para os seus joelhos. Que tal saíres daí pelas tuas próprias patas? Assim evitavas que eu tivesse de pegar em ti pela cauda. Que achas? Nada. Ah ele é isso? Respirou fundo a Alfacinha, levantou o bicho pela cauda, Vês, agora estás praí a estrebuchar no ar…, e pousou-o nos seus joelhos.
Ele levantou a cabeça e pôs-se a cheirar tudo à sua volta. Que calorzinho é este, na minha perna? E que cheiro é este? Quando o bicho começou a andar, ficou no lugar uma pequenina poça amarelada e umas coisinhas castanhas em forma de caroço de azeitona. Estás à vontade, não faças cerimónia…! E de facto, lá andava ele, à vontade.
Passeou-se pelos joelhos da Alfacinha que limitava a área passeável com os braços. Afocinhou as mãos da Alfacinha para tentar ultrapassá-las. Nem penses que vou andar de gatas atrás de ti no laboratório. Apoiou-se nas mãos da Alfacinha com as suas patinhas frias, como se estivesse à janela.
E a exploração continuou, desta vez aventurando-se mais para cima. Onde pensas que vais, a trepar dessa maneira por mim? Vens-me cumprimentar, dar um beijinho? Acho que não será preciso… O ratinho ia-se aproximando, enquanto a Alfacinha esticava o pescoço. Já quase atingindo o queixo da Alfacinha, o rato parou, levantou a cabeça cheirando tudo à sua volta, com os bigodes a dar a dar. Olha que até és querido, tens um ar porreirinho. Você é um gatinho viu? Mas podes descer agora, sim?
Aí foi ele por ali fora. E ou porque estava cheiinho de medo ou porque gostou muita da Alfacinha, enfiou-se pela manga da bata num abrir e fechar de olhos. No meio de um grande ataque de riso, a Alfacinha teve de caçar a cauda do bicho que já ia pelo antebraço fora. Com o alarido, o orientador acordou da sesta e só viu a Alfacinha a rir compulsivamente agarrada ao braço, onde um altinho aos tremeliques se adivinhava. E em vez de uma pessoa só a rir, foram duas. Só que enquanto uma se divertia sentada a olhar para a cena, a outra puxava o invasor até cá fora, a custo, pois ele agarrava-se de todas as forças. Isto começa bem!
Nada arreliado com a situação, o bicho continuou a sua exploração pela Alfacinha, ainda a rir.
Ratinho Long Evans, em todo o seu esplendor. (http://www.pbase.com/nick78/image/56896672)
4 comentários:
Parabéns! Eu sei que, como diz o povo "o que tem que ser tem muita força"...Mas a minha ultima experiência com ratos foi em Almoçageme com um rato que por lá se passeou durante várias semanas, dexiando estragos...e que não correu bem!!! Sobretudo a minha relação com o/a dito/a não era tão terna como a tua...
MM
Só mesmo o muito amor ao trabalho, Alfacinha.
Então o cheirinho! Nem com uma mola no nariz!
Chapéu!
E porque não estudam vocês o cérebro de galinha?
Talvez houvesse mais semelhanças com certos cérebros de humanos...
Aí ia a Alfacinha parar dentro de alguma capoeira! E as galinhas até comem alface.
Mab
Pois...detesto ratos, ainda bem que apanhaste o "atrevido"! Lembro-me de 1 insolente se ter inastalado na n/ cozinha e só 1 ratoeira à moda antiga ter sido capaz de o apanhar. Na verdade, esse equipamento, tb ia apanhando o dedo de uma menina atrevida lá de casa! Bom, 1º tentas gozar a situação pª dps ir ao trabalho, né!
bjs e vai contando as tuas aventuras
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