quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Lírica do mosquito trompeteiro

São seis da madrugada


E eu já acordada,


De meu sono tranquilo arrancada,


Por um mosquito cruel azucrinada.


De luz acesa procuro em vão


Do meu sonho inocente encontrar o ladrão.


Oh mosquito!, se soubesses o quanto te detesto


Contra teu voo sonoro protesto,


De teus beijos de vampiro fica-me a sensação


De comichão e vermelhidão.


De mata-moscas à cabeceira,


Olhos e ouvidos de matreira,


Espero por ti, carniceira:


Anda lá, acabemos com a brincadeira.


Mas tu, por onde passas?


Não te dignas a dar um ar de tuas graças?


Por favor a meus olhos dá às asas,


Que de ansiedade assim me matas.


4 comentários:

Anónimo disse...

Alfacinha, alfacinha,
e se de uma mosqita se trata?

Mariana la Parisienne disse...

Pois quanto ao género, não sei... Mas se nas melgas for como nos pássaros, só quem «canta» é o macho.
A mim preocupa-me mais é o número!

Anónimo disse...

Ri-me bastante porque te imagino a caçá-los com aquele potente mata-moscas/melgas/mosquitos que eu tive o privilégio (!) de conhecer.
Apenas acrescento que no sítio onde estou matei 3 mosquitos em menos de um minuto... Quebrei ou nao quebrei o teu record?

Anónimo disse...

Os meus pêsames, cara Alfacinha... A mim não me incomodam... Devo ter um sangue muito azedo...
Um abraço da "prima" da invicta (Sara-> Prima da Leonor)