Vou levar umas flores.
Mal chega à florista… uau, é mesmo isto. A um cantinho, escondidos, estão uns vasinhos com couves bem redondinhas, em tons de verde e roxo.
No segundo seguinte, já vai a Alfacinha a caminho do metro, atrasada, de couve em punho. Sábado à noite, não é a única a passear-se com plantas nos braços. Muitos foram os casalinhos que cruzou no caminho a quem deitou um olhar cúmplice, ele com um enorme ramo de flores a tapar-lhe a vista, ela pendurada no braço dele.
Chega ao metro… oh não, estou feita. Ainda os resquícios da greve, metros atrasados e muita gente à espera… Pobre couve, vai ficar em sopa… Tenho de a proteger!
Ao seu lado, uma senhora: vira-se, olha, sorri e finalmente:
- É uma alface que leva aí ou uma couve?
- Ah, é uma couve, mas de facto parece uma alface.
- Que engraçado!
Está fascinada a senhora. O metro chega, a Alfacinha entra com a sua alface, cuidadinho aí minha gente…
Saio na próxima. Livra-se a Alfacinha por fim do aperto da carruagem e continua o seu trajecto pelos corredores do metro, enquanto observa a couve, a ver se não sofreu danos. E eis que um senhor de chapéu e barbicha na ponta do queixo se aproxima e:
- C’est le cas de dire: «mon choux»!
Gargalhada da Alfacinha, bem observado, sim senhor, só os franceses para usar uma palavra tão romântica como couve para dizer «minha querida!». Orgulhoso do efeito provocado na Alfacinha, o senhor também se ri.
- Je m’en vais au Père Lachaise maintenant, c’est calme.
- Ah oui, ça, il n’y a pas de doute !
E entram no metro que os levará a ela, à festa, a ele, ao cemitério.
Quando chega ao seu destino, o senhor sai, olha para a Alfacinha, sorri e diz:
- Au revoir mon choux!
Nem sabia ele que falava com uma Alfacinha…!
Mal chega à florista… uau, é mesmo isto. A um cantinho, escondidos, estão uns vasinhos com couves bem redondinhas, em tons de verde e roxo.
No segundo seguinte, já vai a Alfacinha a caminho do metro, atrasada, de couve em punho. Sábado à noite, não é a única a passear-se com plantas nos braços. Muitos foram os casalinhos que cruzou no caminho a quem deitou um olhar cúmplice, ele com um enorme ramo de flores a tapar-lhe a vista, ela pendurada no braço dele.
Chega ao metro… oh não, estou feita. Ainda os resquícios da greve, metros atrasados e muita gente à espera… Pobre couve, vai ficar em sopa… Tenho de a proteger!
Ao seu lado, uma senhora: vira-se, olha, sorri e finalmente:
- É uma alface que leva aí ou uma couve?
- Ah, é uma couve, mas de facto parece uma alface.
- Que engraçado!
Está fascinada a senhora. O metro chega, a Alfacinha entra com a sua alface, cuidadinho aí minha gente…
Saio na próxima. Livra-se a Alfacinha por fim do aperto da carruagem e continua o seu trajecto pelos corredores do metro, enquanto observa a couve, a ver se não sofreu danos. E eis que um senhor de chapéu e barbicha na ponta do queixo se aproxima e:
- C’est le cas de dire: «mon choux»!
Gargalhada da Alfacinha, bem observado, sim senhor, só os franceses para usar uma palavra tão romântica como couve para dizer «minha querida!». Orgulhoso do efeito provocado na Alfacinha, o senhor também se ri.
- Je m’en vais au Père Lachaise maintenant, c’est calme.
- Ah oui, ça, il n’y a pas de doute !
E entram no metro que os levará a ela, à festa, a ele, ao cemitério.
Quando chega ao seu destino, o senhor sai, olha para a Alfacinha, sorri e diz:
- Au revoir mon choux!
Nem sabia ele que falava com uma Alfacinha…!
5 comentários:
Adorei o post. E estou curiosa: uma couve para a festa?
... ou como as alfacinhas tb podem ser vistas como flores bem viçosas!
E não se arranjava uma alface verdinha? Esta é um bocado daltónica....
Fizeste uma boa escolha! Também eu, quando em Bruxelas, adorava levar essa couve para jantares em casa de amigos. Nunca para o jantar, diga-se. É linda.
MM
Chérie choux
O q´houve de engraçado foi o teu galã ter feito um tocadilho simpático. Genica no trabalho!!
JP
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