segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A primeira experiência de Velib'

- E se fôssemos de bicicleta?
- Daqui até à Bastille? Apanhar a Rue de Rivoli, com aquele trânsito todo, autocarros e carros a apitar, não sei…
Sempre a Alfacinha com os seus receios. Felizmente, estava tudo do seu lado: sentido único na Rue de Rivoli, direcção Châtelet.
- Vamos pelo Marais, então.
Uff…
E lá foram estrear as novas bicicletas Velib’, de costas direitinhas, sorriso na cara, cabelos ao vento, a respirar o ar fresco do fim de uma tarde de outono, todas cliché de parisienses em pasteleiras, com um cestinho pendurado na dianteira, a serpentear pelas ruelas estreitas e alegres do Marais.
E lá foram, espreitando a cada esquina, adivinhando o caminho, sujeitas aos sentidos proibidos e obrigatórios, agora para a esquerda, outra vez para a esquerda, mais uma vez… acho que estamos a andar à roda… Nunca tinha a Alfacinha passeado olhando para semáforos, para sinais de trânsito, prioridade à direita, não é?, para passadeiras do lado perpendicular, ai desculpe senhor peão que o ia atropelando!
E foi quando chegaram à Rue Vieille du Temple que a dificuldade do desafio aumentou em flecha: domingo, tarde de jogo do mundial de rugby com a França, fez com que houvesse uma multidão de gente aglomerada no meio da via. Impossível de dar duas pedaladas seguidas. Ora eram criancinhas a correr de um lado para o outro, ora parezinhos abraçados a andar devagar e às curvinhas, ora grupos de amigos arrumadinhos uns ao lado dos outros, ou simples pessoas a atirarem-se, sem medo, para o meio da rua para atravessar, como eu sempre fiz. Pior que uma gincana. O que é que estou a fazer aqui no meio? Como vou sair daqui? Estamos mal… A Alfacinha bem que tentava continuar, mas tinha de andar tão devagar, de fazer curvas tão apertadas e tão rápidas (e com tão pouco jeitinho) que a expedição se começou a tornar verdadeiramente delicada. Eu que estava com medo dos carros… E onde é a sineta desta coisa? Gaita!
Foi muito a custo que conseguiu sair daquela barafunda, deixar a bicicleta na Bastille e pôr-se de novo em cima dos seus pés.
Tenho as mãos vermelhas de tanta força que fiz a agarrar o manípulo…

Aqui estão elas, em todo o seu esplendor, as novíssimas bicicletas em livre trânsito Velib'.

4 comentários:

Anónimo disse...

Então, agora damos em rainhas da estrada, alfacinha? Qd estamos de carro, odiamos os ciclistas. Qd estamos de vélo, odiamos os peões. Mas, força, que isto de proteger o imbiente é o que está a dar.
Melhores cumprimentos bruxelenses, P.

Mab disse...

São lindas! Não têm travessão ao meio!
Para a próxima vamos experimentar...

Anónimo disse...

O próximo trajecto irá até Montmartre. Uff...

Anónimo disse...

bem boas as novas vélos !
uma categoria de vélo !
fascinantes,
armoniosas,
maravilhosas,
fantasticas,
uteis,
indespensáveis !!

pronto, pronto, sao simples vélos com um mecanisco engraçadito .

beijiinho,
Joana Babo