Há uns tempos atrás, a Alfacinha viu a Primavera: as florzinhas, os passarinhos, o solzinho, o céu azulinho, etc. Porém tudo isto de um olhar embaciado. Os olhos da Alfacinha foram atacados por nuvens de pólenes esvoaçantes e agressivos. A Alfacinha passou uns dias agradáveis, a esfregar os olhos e a espirrar.
Mas o tempo mudou desde então: chuva, frio, estás-te a mostrar, Paris, não é? E não é que hoje, ao abrir as portadas do seu quarto, vê um sol radioso! Voltaste! E veste-se para a ocasião.
Mas o tempo mudou desde então: chuva, frio, estás-te a mostrar, Paris, não é? E não é que hoje, ao abrir as portadas do seu quarto, vê um sol radioso! Voltaste! E veste-se para a ocasião.
Foi hoje precisamente que a Alfacinha apanhou a maior chuvada da sua vida. Estava ela a sair da biblioteca do Beaubourg, eram oito da noite, parou neste ângulo:
e viu começar a cair uma chuva torrencial que de repente tapou aqueles prédios ali à frente. Oh não, não tenho guarda-chuva. A Alfacinha olhou para os seus pés: sandalinhas de tecido. Porreiro. Mas não se deixou abalar e decidiu enfrentar a tempestade. Mal pôs um pé fora do abrigo, a chuva duplicou, mas porque é que isto me acontece sempre??, e uma trovoada amiga iluminou o seu caminho, só me faltava mais esta, raios e coriscos. E então, pernas p’ra que vos quero, a Alfacinha desatou a correr. Foi ficando cada vez mais pesada, as calças a colarem às pernas, a roupa a mudar de cor, o cabelo bem encharcado, e as ditas sandálias… flop flop a cada passo. A Alfacinha chega enfim à estação de metro, regadinha até aos ossos. Aí, diverte-se a meter medo às pessoas que vê sequinhas, vais ver vais, quando saíres, mas não acha piada nenhuma às que vê sacudir o guarda-chuva com ar de «ai-que-maçada». Como é que vocês previram?? Estava céu azul hoje de manhã!!
A Alfacinha teve a certeza: a fúria dos elementos é bem melhor vista de uma janela.
e viu começar a cair uma chuva torrencial que de repente tapou aqueles prédios ali à frente. Oh não, não tenho guarda-chuva. A Alfacinha olhou para os seus pés: sandalinhas de tecido. Porreiro. Mas não se deixou abalar e decidiu enfrentar a tempestade. Mal pôs um pé fora do abrigo, a chuva duplicou, mas porque é que isto me acontece sempre??, e uma trovoada amiga iluminou o seu caminho, só me faltava mais esta, raios e coriscos. E então, pernas p’ra que vos quero, a Alfacinha desatou a correr. Foi ficando cada vez mais pesada, as calças a colarem às pernas, a roupa a mudar de cor, o cabelo bem encharcado, e as ditas sandálias… flop flop a cada passo. A Alfacinha chega enfim à estação de metro, regadinha até aos ossos. Aí, diverte-se a meter medo às pessoas que vê sequinhas, vais ver vais, quando saíres, mas não acha piada nenhuma às que vê sacudir o guarda-chuva com ar de «ai-que-maçada». Como é que vocês previram?? Estava céu azul hoje de manhã!!
A Alfacinha teve a certeza: a fúria dos elementos é bem melhor vista de uma janela.
3 comentários:
Atenção: a chuva pode ter baralhado a METEOROLOGIA, ah?
É uma boa altura para vires ver os jacarandás a Lisboa. O tempo fê-los despertar e a cor, como sempre, está espectacular!
M Marques...
Mesmo molhada, tu metes lá medo a alguém...!!
Rui André
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